quarta-feira, 26 de junho de 2013

Luz ultravioleta revela como eram na realidade as estátuas da Grécia Antiga


As estátuas gregas antigas eram originalmente pintadas com cores berrantes, mas após milhares de anos esta tinta saiu. Descubra como uma luz pode ser a única coisa que pode nos ajudar a vê-las como eram na antiguidade. 
Apesar de ser impossível pensar que ainda exista algo a ser descoberto depois de milhares de anos de vento, sol, areia e estudantes de arte, descobrir os padrões perdidos nas antigas esculturas gregas pode ser só uma questão de iluminá-las com a lâmpada certa, do jeito certo. Uma técnica chamada "raking light" tem sido usada há tempos em análise artística e consiste em posicionar uma lâmpada cuidadosamente, de modo que o caminho da luz seja quase paralelo à superfície do objeto. Quando usada em pinturas, a técnica torna obviamente visíveis as pinceladas, assim como sujeiras e imperfeições. Em estátuas, o efeito é mais sutil. Já que tintas diferentes envelhecem em velocidades diferentes, a pedra está elevada em alguns lugares – protegida da erosão por sua camada de tinta – e mais baixa em outros. Padrões elaborados se tornam visíveis.
A luz ultravioleta também é usada para distinguir padrões. O UV faz com com que muitos compostos orgânicos fluoresçam. Os negociantes de arte usam luzes UV para verificar se obras de arte foram retocadas, já que tintas antigas têm bem mais compostos orgânicos do que as mais novas. Em estátuas da Grécia antiga, pequenos fragmentos de pigmento que ainda restam na superfície brilham, iluminando padrões mais detalhados. 
Depois que o padrão é mapeado, há ainda o problema de descobrir quais cores usar na reconstituição. Uma série de azuis escuros vão criar um efeito bem diferente do que uma combinação de dourado e rosa. Mesmo se for deixada uma quantidade suficiente de pigmento para que o olho nu perceba a cor, alguns milhares de anos de idade podem modificar bastante o aspecto de uma estátua. Não há como saber se a cor vista hoje tem qualquer coisa a ver com a tonalidade original. 
Mas há uma solução para este dilema. As cores podem esmaecer com o tempo, mas os materiais originais – pigmentos derivados de animais e plantas, pedras quebradas ou conchas – ainda têm a mesma aparência. Isso também pode ser visto pela técnica das luzes. 

Infravermelho e espectroscopia de raios-X podem ajudar os pesquisadores a entender do que são feitas as tintas, e qual era a aparência original delas. A espectroscopia se baseia no fato de que os átomos são exigentes no que diz respeito ao tipo de energia que vão absorver. Certos materiais emitem uma grande variedade de larguras de onda, como unidades de reconhecimento militar em um território estranho. Inevitavelmente, algumas dessas unidades não voltam. Ao verificar quais larguras de onda são absorvidas, os cientistas podem determinar de que materiais a substância é feita. O infravermelho ajuda a determinar os compostos orgânicos, já os raios-x só param quando encontram algo realmente pesado, como pedras ou minerais. Com isso, os pesquisadores podem determinar de que cor uma estátua milenar foi pintada. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Processo de Mumificação Egípcia

O PREPARO DO CORPO PARA O ALÉM-MORTE
por Ana Lúcia Araújo (Revista História Viva)



Os funerais no Egito antigo eram rituais cheios de pompa, que podiam durar até 70 dias. O famoso processo de mumificação, que incluía o embalsamamento do corpo, atendia a crenças religiosas e à esperança de uma vida eterna, na qual o morto poderia gozar as delicias do paraíso celestial. Os egípcios acreditavam que, após a morte, a alma embarcava numa viagem pelo submundo, onde seria julgada pelo deus Osíris. Uma sentença positiva lhe daria a oportunidade de ser recolocada junto ao corpo para então viver a redenção prometida. Desde 4000 a.C., os egípcios se preocupavam em levar uma vida cotidiana regrada, com a esperança de serem considerados bons no julgamento de Osíris. A mumificação era feita para que o corpo se mantivesse tal qual fora em vida, de modo a facilitar o seu reconhecimento pela alma. Por isso as técnicas para esse fim eram tão avançadas.No entanto, nem todos recebiam as mesmas regalias das castas superiores. O embalsamamento demorado e coberto de homenagens era privilégio de pessoas importantes. O corpo do egípcio das castas medianas passava pelo processo de limpeza e salgaçao, para que fosse desidratado, de modo a se conservar. O corpo do egípcio das castas inferiores geralmente era enterrado em sepulturas e mumificado naturalmente graças ao clima seco e quente do deserto.
ETAPAS DA MUMIFICAÇÃO
1. inicialmente, o corpo era levado para um local conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da purificação'. Lá os embalsamadores (sacerdotes) lavavam o corpo com essências aromáticas e com as águas do Nilo e o depilavam.
2. um gancho, introduzido na narina, servia para retirar o cérebro. Por não ser considerado importante para o além-morte, este era descartado.3. os órgãos vitais eram retirados por um corte lateral na altura do abdômen e colocados em vasos canopos, que ficariam ao lado do sarcófago. Esses vasos eram feitos de madeira, pedra, cerâmica ou faiança. Cada um dos quatro canopos era amparado por um dos quatro filhos de Hórus, divindades menores, identificados pela cabeça na tampa. Cada um recebia também a proteção de uma deusa feminina. Os intestinos eram amparados por Qebehsenuf (cabeça de falcão) e pela deusa Serket; o estômago por Duamutef (cabeça de chacal) e pela deusa Neit; os pulmões por Hâpi (cabeça de babuíno) e pela deusa Néftis; e o fígado por Imset (cabeça de homem) e pela deusa Ísis. O coração – centro da inteligência e força vital – permanecia no corpo.
4. o corpo era então coberto por natro, um tipo de sal, e assim ficava por 40 dias até todos os fluídos secarem. Ao final da salgação, estava fino e escuro.5. as cavidades eram tampadas com linho embebido em resina.
6. o rosto era maquiado. Sobre a cabeça, era colocada uma peruca. Óleos de mirra e zimbro cobriam o corpo. Folhas esmagadas de tomilho ajudavam a perfumá-lo. Resina era espalhada por todo o corpo para melhor protegê-lo.
7. no local onde havia sido feito o corte para a retirada dos órgãos, era colocado um prato de ouro com o olho de Rá desenhado, também como forma de proteção.
8. incenso era usado para purificar o ar.

9. o corpo era então enrolado em tiras de linho e ganhava amuletos dos religiosos.

10. a máscara era finalmente encaixada na múmia, que era colocada dentro do sarcófago com um hieróglifo com o nome do morto.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma cidade egípcia encontrada embaixo d’água, 1200 anos depois

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Janara Lopes, no IdeaFixa
1200 anos atrás, a antiga cidade egípcia de Heracleion desapareceu sob o Mediterrâneo. Fundada por volta do século 8 aC, acredita-se que Heracleion serviu como porta de entrada obrigatória para o Egito, para todos os navios que vinham do mundo grego.
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Antes de sua descoberta em 2000, pelo arqueólogo Franck Goddio, nenhum traço de Thonis-Heracleion tinha sido encontrada (a cidade era conhecida pelos gregos como Thonis). Seu nome foi quase destruído pelos poucos registros, apenas preservada em textos clássicos antigos e inscrições raras encontradas em terra por arqueólogos.
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Franck Goddio e sua equipe localizaram, mapearam e escavaram partes da cidade de Thonis-Heracleion. Ela está localizada dentro de uma área de pesquisa em Aboukir Bay, uma baía localizada no norte do Egito.
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Até agora foram encontrados:
- Os restos de mais de 64 navios enterrados na argila grossa e areia que cobre o fundo do mar
- As moedas de ouro e pesos feitos de bronze e pedra
- Estátuas gigantes de e mais centenas de estátuas menores de deuses menos importantes
- Lajes de pedra inscritas em egípcio e grego antigos
- Dezenas de pequenos sarcófagos de pedra calcária
- Mais de 700 antigas âncoras para navios
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segunda-feira, 10 de junho de 2013

História do Mangá

"Mangás são histórias em quadrinhos japonesas, ao contrário das histórias em quadrinhos convencionais, sua leitura é feita de trás para frente. Teve origem através do Oricom Shohatsu (Teatro das Sombras), que na época feudal percorria diversos vilarejos contando lendas por meio de fantoches. Essas lendas acabaram sendo escritas em rolos de papel e ilustradas, dando origem às histórias em sequência, e consequentemente originando o mangá. Essas histórias passaram a ser publicadas por algumas editoras na década de 20, porém sua fama só veio por volta da década de 40.

A produção de mangá foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial e retomada somente em 1945, tendo o Plano Marshall como seu propulsor, pois parte das verbas desse plano era destinada a livros japoneses. A prática de ler mangá aumentou consideravelmente nesse período, pois com a guerra poucas atrações culturais restaram. Foi nessa época que surgiu o que podemos chamar de “Walt Disney Japonês”, o Ossamu Tezuka, criador dos traços mais marcantes do mangá: Olhos grandes e expressivos.

Com o passar do tempo o mangá saiu do papel e foi parar na televisão, transformando-se em animes (desenhos animados), ganhando mais popularidade e aumentando o número de fãs em todo o mundo. As histórias são sempre variadas e com roupagem sempre nova, personagens expressivos e heroicos como, por exemplo, “Dragon Ball Z” (personagem principal: Goku), “Yu Gi Oh” (personagem principal: Yu Gi)."

Extráido de PERCÍLIA, Eliene. Mangá (http://www.brasilescola.com/artes/o-que-e-manga.htm).