sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sexta-Feira 13 faz 700 anos

Origem do mito do azar está relacionada aos cavaleiros templários.

Jason Voorhees, protagonista da série "Sexta-Feira 13", personagem que acabou por se tornar um ícone dos filmes de horror. (Wikipédia)
Felipe Van Deursen | 01/07/2007 00h00
Os dias de glória da Ordem dos Cavaleiros Templários, fundada no século 12 em Jerusalém, durante as Cruzadas, estavam próximos do fim no início do século 14. Rica e poderosa, sua influência na Europa começava a incomodar alguns monarcas, como Filipe IV, o Belo, da França, que resolveu dar cabo dos cavaleiros.
Em 14 de setembro de 1307, o rei enviou a seus oficiais ordens que só deveriam ser abertas dali a um mês. Reveladas as mensagens, numa sexta-feira, 13 de outubro, os templários que viviam na França começaram a ser presos, torturados, excomungados e queimados na fogueira.
Assim, o rei atacou uma instituição submetida ao Vaticano – e não à França. Por cinco anos, enquanto os cavaleiros templários eram perseguidos, o rei tentou convencer o papa Clemente V a extinguir a Ordem. Até que, em 1312, os templários deixaram de existir, acusados de heresia, traição a Jesus e homossexualismo.
“Não é de estranhar que a data da prisão tenha virado um dia de azar”, diz o historiador Bruno Salles, que defendeu sua tese de mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais baseado na Ordem. “Eles foram pegos pelo rei – que não tinha autoridade para isso –, acusados de crimes que não cometeram e acabaram abandonados pelo Vaticano.”

O rei e a ordem

Uma relação conflituosa
Contagem regressiva
Em março de 1314, o último grão-mestre da Ordem, Jacques de Molay, antes de ir para a fogueira, teria dito que em um ano todos os que o perseguiram prestariam contas a Deus. Clemente V morreu em abril, Filipe IV em novembro.
Belo e petulante
Filipe IV teve sérias crises com o papa Bonifácio VIII, que foi preso no fim do seu pontificado. O conflito levaria ao Cisma do Ocidente, que mudou a sede da Igreja para a França.
Fritura
Durante a perseguição aos templários, a tortura foi legitimada pelo rei. Havia métodos brutais de interrogar os presos: o sacerdote Bernardo Vado teve os pés tão queimados que seus ossos acabaram expostos. (Fonte: Aventuras na História)

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