sábado, 18 de março de 2017

Qual foi o maior acidente nuclear da história?

Acidente na Ucrânia é referência até hoje

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O maior acidente nuclear aconteceu na usina Chernobyl, construída na cidade de Pripyat, na Ucrânia. No dia 26 de abril de 1986, técnicos tentaram fazer um teste na usina e acabaram provocando uma reação em cadeia que terminou com a explosão do reator nuclear. Até hoje não se sabe ao certo se o problema foi causado por erro humano, por uma falha de projeto do reator ou pela soma das duas coisas. Na época, a Ucrânia fazia parte da União Soviética, que tinha um governo fechado para o resto do mundo, o que dificultou a divulgação de mais detalhes sobre o acidente. Mas a dimensão da tragédia foi tão grande que estações de monitoramento na Suécia e na Finlândia captaram níveis anormais de radioatividade no ar e deram o alerta mundial. Estima-se que 30 pessoas tenham morrido nos primeiros meses após a explosão e outras milhares foram expostas a níveis de radiação capazes de matar a longo prazo por causa de doenças como o câncer.
TESTE TRÁGICO
Núcleo do reator parou de ser resfriado durante troca da rede de energia da usina
1. O problema em Chernobyl começou durante um teste de rotina, em que técnicos queriam simular um apagão na rede elétrica principal da usina e o acionamento de uma rede de energia de emergência, movida a óleo diesel
2. Por falha no projeto ou por erro humano, o sistema de resfriamento do núcleo do reator – onde acontecem as fissões atômicas – parou de funcionar quando a rede elétrica foi desligada. Isso gerou um
superaquecimento do núcleo, que atingiu temperaturas acima dos 2 000 ºC!
3. O calor absurdo gerou uma explosão de vapor tão violenta que destruiu o teto do reator – que pesava mais de mil toneladas! O incêndio após a explosão lançou grandes quantidades de material radioativo do núcleo na atmosfera. A tragédia estava feita…
MEDIDAS DESESPERADAS
Bombeiros ficaram expostos a uma radiação até 200 vezes maior que o nível letal!
1. Após a usina explodir, o corpo de bombeiros de Pripyat, cidade onde fica Chernobyl, foi acionado. Os bombeiros chegaram à usina sem o preparo adequado para enfrentar a situação e acabaram expostos a doses de radiação da ordem de 200 roentgen por hora – uma dose de 500 roentgen em 5 horas é letal
2. A população de Pripyat foi avisada de que precisava deixar a área em três dias. Para reduzir as bagagens e aumentar a velocidade da evacuação da cidade, as autoridades informaram que a retirada seria temporária. Por isso até hoje estão em Pripyat pertences pessoais dos habitantes
3. Após dias sem o fogo na usina ser controlado, entraram em ação helicópteros para conter a radiação. Eles despejaram no reator grandes quantidades de chumbo, areia e outros materiais químicos para bloquear a saída da radiação. Só com os helicópteros o incêndio foi apagado
4. A última medida emergencial foi a remoção dos escombros radioativos. Após eles serem retirados do centro do reator destruído, um casulo protetor, feito de concreto, foi construído para isolar o reator do ambiente. O casulo recebeu o apropriado nome de “sarcófago”…
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ESTRAGO CONTINENTAL
Confira o impacto provocado pela radiação de Chernobyl em várias regiões da Europa
1. PRIPYAT E VIZINHANÇA
Área de contaminação extrema. A falta de informações liberadas pela ex-União Soviética dificultam as estimativas, mas especialistas acreditam que milhares de moradores desta região tenham morrido nos anos seguintes ao acidente
2. RAIO DE 400 KM
Em níveis variados, a radiação contaminou lagos, rios, reservatórios e afetou a reprodução de animais. Entre os residentes de outras regiões da Ucrânia, de Belarus e da Rússia foram reportados muitos casos de câncer de tireóide em crianças
3. RAIO DE 800 KM
Os ventos nos primeiros dias levaram a nuvem radioativa mais para o norte. Nesta distância, a contaminação começou a perder força, mas ainda foram atingidos rebanhos de gado – que tiveram queda na produção de leite – e plantações de grãos
4. RAIO DE 1 200 KM
Regiões de exposição mínima, mas onde foi detectado algum nível de radioatividade no ar. Eventuais efeitos de uma contaminação são difíceis de ser medidos, porque o nível de radioatividade atingido raramente afeta o ser humano e o meio ambiente

terça-feira, 14 de março de 2017

Condessa Sangrenta, a húngara que bebia o sangue das vítimas

A nobre húngara torturou e matou pelo menos 650 serviçais. E bebia o sangue deles para se sentir jovem


Na infância, Elizabeth Báthory presenciou um evento marcante. Um cigano convidado a ir ao castelo entreter a realeza foi preso ao tentar vender o filho. Elizabeth se escondeu para testemunhar o castigo. Viu um cavalo com ventre aberto. Os soldados, então, colocaram o prisioneiro vivo dentro da barriga e costuraram o animal. O homem ficou lá até morrer de inanição.

Nascida em 1560, Elizabeth era condessa, filha de uma das famílias mais poderosas da Transilvânia – na atual Romênia. Aos 15 anos, casou-se com Ferenc Nadasdy, um guerreiro conhecido por torturar serviçais, e tomou gosto pela coisa. Quando ele viajava, ela fazia o que bem entendia com os empregados. Espancava, ateava fogo, enfiava agulhas sob as unhas e mandava matar. Adorava besuntar prisioneiros de mel e amarrá-los perto de colmeias.
A fama de vampira surgiu porque Elizabeth passou a prender virgens de seios grandes e cortar suas veias para verter o sangue numa banheira, na qual se banhava na esperança de rejuvenescer. Matou mais de 650 pessoas, segundo um caderninho onde a própria condessa anotava os nomes das vítimas. Seu castelo ficou conhecido como o “Castelo dos Vampiros”, e ela, como a “Condessa Sangrenta”.
A coisa só saiu do controle quando ela passou a torturar e matar garotas ricas das redondezas. Aí, a nobreza não perdoou: Elizabeth foi sentenciada, aos 51 anos, à prisão perpétua no seu próprio castelo. Morreu três anos depois.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Como era um navio negreiro da época da escravidão?

Entre fezes e temperaturas de até 55 ºC, comia-se apenas milho e bebia-se só meio litro de água por dia



O navio negreiro – ou “tumbeiro” – foi o tipo de cargueiro usado para trazer mais de 11 milhões de africanos para serem escravizados na América. Em caravelas ou barcos a vapor, europeus, americanos e até mesmo negros se metiam no “infame comércio”. Os traficados eram, na maioria, meninos e jovens de 8 a 25 anos. Isso mudou nos últimos anos do tráfico. “Tudo quanto se podia trazer foi trazido: o manco, o cego, o surdo, tudo; príncipes, chefes religiosos, mulheres com bebês e mulheres grávidas”, disse o ex-traficante Joseph Cliffer, em depoimento ao Parlamento Britânico, em 1840. Como não havia fabricação de navios apenas para o comércio de escravos, até hoje já foram identificados pelo menos 60 tipos de embarcações adaptadas como tumbeiros. Se houve uma regra, é que eles ficaram menores e mais velozes no século 19, à medida que o tráfico se tornou ilegal e passou a ser perseguido pela política antiescravista dos ingleses a partir da aprovação da lei Bill Aberdeen, em 1845.

Veja como era a terrível viagem dos escravos do século 19

Dança Triste
DANÇA TRISTE
Alguns traficantes levavam grupos de escravos adultos para o convés e os obrigavam a fazer exercícios físicos. Sob a ameaça da chibata, os negros tinham de dançar e cantar. O resultado era um “espetáculo” melancólico, que dominava o navio
DANDO BANDEIRA
Autorizada por acordos com outras nações, na luta contra o tráfico a Inglaterra seguia e vistoriava navios suspeitos em alto-mar. Como os Estados Unidos não permitiam essa vistoria, barcos negreiros de várias nações hasteavam a bandeira americana para passar por baixo do nariz dos ingleses
Terror Infantil
TERROR INFANTIL
Além dos cerca de 20 tripulantes, apenas crianças podiam circular livremente no convés. Mas o rolê não era nada agradável. “Os jovens tinham acesso, mas muitos pulavam para fora do navio, pensando que seriam comidos”, afirmou aos ingleses o escravo Augustino, traficado aos 12 anos
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PIOR QUE O SAARA
“Houve um companheiro tão desesperado pela sede que tentou apanhar a faca do homem que nos trazia água. Suponho que foi jogado ao mar”, disse o escravo Mahommah Baquaqua. Entre fezes e temperaturas de até 55 ºC, comia-se apenas milho e bebia-se só meio litro de água por dia
Movimento Negro
MOVIMENTO NEGRO
Rebeliões eram frequentes. E algumas revoltas resultavam na conquista da embarcação pelos escravos, como a do navio Amistad, em 1839. Outras, porém, como a do Kentucky, em 1845, acabaram com a morte de todos os escravos rebeldes, cujos corpos foram lançados ao mar
Banho de Gato
BANHO DE GATO
Para a higiene bucal, os escravos faziam bochechos com vinagre. Para limpar o corpo, só podiam se enxaguar duas vezes durante toda a viagem. Muitos padeciam de graves infecções oculares e intestinais, e os que não morriam chegavam moribundos ou cegos
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ESTANTE HUMANA
Os traficantes dividiam o porão em três patamares, com altura de menos de meio metro cada um. Presos pelos pés, mais de 500 escravos se espremiam deitados ou sentados. “Ficavam como livros numa estante”, disse o traficante Joseph Cliffer

RADIOGRAFIA DO TRÁFICO

As seis principais rotas negreiras*
Radiografia do Tráfico
Escravos que saíram
A – Serra Leoa – 66.974
B – Costa do Ouro – 80.597
C – Baía de Benin – 222.407
D – Baía de Biafra – 217.781
E – Congo e Angola – 952.937
F – Moçambique – 236.504
Escravos que chegaram
1 – Carolina (EUA) – 47 mil
2 – Cuba – 502.998
3 – Jamaica – 69 mil
4 – Guiana – 65.049
5 – Bahia – 161.883
6 – Sudeste do Brasil – 893.925
*dados de 1801 a 1862, obtidos do estudo The Trans-atlantic Slave Trade Database, da Universidade de Cambridge

quinta-feira, 9 de março de 2017

Uma breve história do sanduíche




Quem inventou?

John Montagu (1718-1792), conde de Sandwich, uma vila da Inglaterra. Viciado em cartas, ele recheava os pães com carne para poder fazer suas refeições durante as partidas.

Qual é o mais caro?

É o Quintessential Grilled Cheese, um queijo quente folhado a ouro 24 quilates. Ele é servido no Serendipity 3, em Nova York, e custa míseros US$ 214. Ao Business Insider, o chef responsável pela iguaria, Joe Calderone, explica que o queijo é o Caciocavallo Podolico, fabricado a partir do leite de vacas Podolico, no sul da Itália – só há 25 mil dessas vacas, e elas produzem leite de maio a junho. O pão leva Dom Perignon e ouro comestível e, no recheio, manteiga de trufa branca.

E o mais vendido?

É o Big Mac. 1,5 bilhão de sandubas são vendidos por ano.

E o maior do mundo?

É um sanduíche de 2,4 toneladas, 5,3 metros de espessura e 3,6 metros de comprimento. Foi produzido pela lanchonete Wild Woody’s Chill and Grill, nos EUA. Os 30 cm do Subway não parecem grande coisa agora, né?
http://super.abril.com.br/historia/sanduiche-iches/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super

terça-feira, 7 de março de 2017

As armas da Primeira Guerra Mundial

Um dos fatores que fizeram da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) uma guerra tão terrível na comparação com os conflitos anteriores foi o uso de novas armas.

As chamadas "armas da Primeira Guerra Mundial" não foram necessariamente inventadas durante essa guerra, mas foi aí que passaram a ser usadas em larga escala e mostraram todo o seu poder de destruição.

As principais inovações em termos de armamento introduzidas na Primeira Guerra Mundial foram:


Submarinos - Usados por ambos os lados em confronto, os barcos submergíveis se tornaram importantes armas na luta pelo domínio dos mares. Navegando por baixo d'água e armados com torpedos, os submarinos podiam se aproximar de navios de guerra e de carga sem serem percebidos e afundá-los com torpedos.



Metralhadoras - Muito mais mortíferas que os rifles e fuzis, as metralhadoras, armas capazes de disparar centenas de projéteis em sequência, foram difundidas pelos exércitos da Primeira Guerra Mundial e aumentaram consideravelmente o número de mortes nos campos de batalha. 


Aviões - Inventado em 1903 pelos irmãos Wright (ou em 1906 por Santos Dumont, dependendo da versão), o avião passou a ter uso militar poucos anos depois. Os primeiros aviões da Primeira Guerra Mundial eram de madeira com asas de pano, e aos poucos foram sendo aprimorados. Do alto, os aviadores podiam sobrevoar os campos de batalha em missões de reconhecimento, e também jogar bombas sobre as tropas inimigas. Metralhadoras passaram a ser acopladas aos aviões para ataques ao solo ou para uso em combates aéreos. 


Armas químicas - Um dos episódios mais terríveis da Primeira Guerra Mundial foi o uso de armas químicas nos campos de batalha, tática empregada por ambos os lados. O gás mostarda foi uma das substâncias mais utilizadas. Também houve emprego de gás lacrimogênio, cloro e outros produtos químicos, que visavam a matar ou incapacitar os inimigos para o combate. Os gases tóxicos usados no campo de batalha são considerados armas de destruição em massa.


Tanque de guerra -  Quando a Primeira Guerra Mundial se tornou uma guerra de trincheiras, ou seja, um confronto em que ambos os lados ficam escondidos em trincheiras e ninguém consegue avançar sem ser metralhado, parecia que não haveria maneira segura de conquistar os territórios do inimigo. Até que foi inventado o tanque. Tanques de guerra, veículos blindados dotados de esteiras e capazes de passar por cima de trincheiras inimigas, tornaram-se equipamentos fundamentais da guerra moderna.

http://oresgatedahistoria.blogspot.com.br/2012/10/as-armas-da-primeira-guerra-mundial.html