quinta-feira, 7 de maio de 2015

Quem inventou o sabonete?

História do Sabonete

Tudo indica que foram os antigos fenícios, 600 anos antes de Cristo, fervendo gordura de cabra com água e cinzas de madeira até obter uma mistura pastosa. A moda logo se espalhou pelos países do Mediterrâneo e chegou até a Grã-Bretanha. Foram os celtas, antigos habitantes das ilhas britânicas, que o batizaram de saipo ( termo que deu origem à palavra "sabão"). O sabão sólido, porém, só foi criado no século VII, quando os árabes inventaram o chamado processo de saponificação, a partir da fervura de uma mistura de soda cáustica, gordura animal e óleos naturais. Durante a ocupação árabe da Península Ibérica, os espanhóis aperfeiçoaram a invenção acrescentando azeite de oliva para perfumá-la. Ainda na Idade Média, os maiores centros produtores de sabão eram as cidades italianas de Gênova e Veneza, além de Marselha, na França. Na Inglaterra, Bristol e Londres concentravam a fabricação do produto.
No restante da Europa, o sabão era praticamente desconhecido - tanto que, quando a nobreza italiana, francesa ou inglesa presenteava governantes de outras nações com uma caixinha de sabão, não esqueciam de acrescentar uma descrição detalhada de seu uso. "Era um refinado artigo de luxo, caro e raro até para os nobres", diz a historiadora Teresa de Queiroz, da USP. O sabão só se tornou um produto do dia-a-dia a partir do século XIX, quando começou a ser fabricado industrialmente, barateando seu custo. Tornou-se tão popular que o químico alemão Justus von Liebig declarou que a quantidade de sabão consumida por uma nação era a melhor medida do seu grau de civilidade.
Cinco cidades em três países europeus concentravam a produção de sabão na Idade Média. No resto do continente, o artigo ainda era praticamente desconhecido.
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-inventou-o-sabonete

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Como surgiram os diferentes Ritmos Latinos?

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Quase todos, com exceção da salsa e do tango, nasceram da mistura de danças e ritmos herdados da Europa e da África. Essa história começou na França de Luís XIV (1643-1715). Dos animados bailes promovidos por ele no Palácio de Versalhes, a contradança francesa - uma espécie de quadrilha que divertia os nobres da época - foi importada pela corte espanhola e depois rumou para colônias no Caribe, como Cuba, Haiti e República Dominicana. A outra grande influência na criação dos ritmos caribenhos veio dos escravos que os colonizadores traziam da África para a América. Das tribos africanas, dois grandes grupos étnicos foram especialmente explorados como mão-de-obra: os bantos e os iorubás, que habitavam regiões onde ficam hoje Nigéria e Camarões. Além da força de trabalho, os primeiros africanos que chegaram ao Caribe trouxeram seus tambores e danças religiosas.
No século XVIII, escravos da região começaram a unir essas várias heranças culturais, criando a contradanza criolla, que misturava a contradança européia com instrumentos musicais e expressão corporal de origem africana. A partir de meados do século XIX, uma das colônias que se destacaram pela riqueza dos novos ritmos produzidos foi Cuba, que logo se tornaria a principal exportadora de sons e danças caribenhas. Isso porque, além da variedade rítmica ali desenvolvida, o país também atraiu um grande número de turistas dos Estados Unidos até a primeira metade do século XX. "A cultura popular cubana foi muito divulgada com a ajuda do cinema e dos americanos antes da revolução que levou Fidel Castro ao poder em 1959. E, depois disso, passou a ser muito pesquisada", diz a percussionista Glória Cunha, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A partir daí, rumba, chá-chá-chá, merengue e muitos outros estilos latinos se espalharam, elevando a temperatura dos salões no mundo inteiro.
Baile continentalA América Latina deu ao mundo um banquete de estilos musicais
1. Cumbia
Criada no seio da comunidade negra colombiana, a cumbia se desenvolveu principalmente na costa atlântica do país. Conhecida como "dança dos escravos", ela exige a máxima sincronia do par de dançarinos, que precisam manter os pés de um na frente dos do outro durante todo o bailado. A cumbia sofreu tanta influência dos ritmos cubanos que atualmente é difícil distingui-la da rumba. E não foi só a música que absorveu essa herança, já que alguns passos da cumbia lembram um pouco a salsa cubana
2. Tango
O estilo apareceu nos subúrbios de Buenos Aires, por volta de 1880. Sua origem é a fusão de ritmos hispânicos, como o flamenco, com a milonga, uma dança que já existia na Argentina e que, por ser extremamente sensual, tinha reputação duvidosa. Inicialmente alegre, o tango mostrou sua faceta melancólica graças às tristes canções gravadas pelo ídolo popular Carlos Gardel nas primeiras décadas do século XX. Sua base musical concentra-se em piano, violino e bandônion (um tipo de acordeão)
3. Salsa
Apesar de ter raízes na ilha de Fidel Castro, a salsa surgiu em Nova York na década de 60. Foi o músico porto-riquenho Izzy Sanabria quem teve a idéia de unir vários ritmos cubanos ao jazz para criar um som que agradasse aos imigrantes de língua espanhola que viviam nos Estados Unidos. Uma banda de salsa comporta de 10 a 14 músicos tocando piano, baixo, trompete, saxofone e percussão variadíssima - enquanto a dança em si usa os mesmos passos da rumba e do mambo em cadência mais rápida
4. Merengue
Desde 1930, o merengue é reconhecido como ritmo e dança nacionais da República Dominicana. No entanto, suas origens pertencem também ao Haiti, onde ele é tocado mais lento. Por volta de 1800, o ritmo já havia se espalhado por outros países da América Latina, como Venezuela e Colômbia. A estrutura musical baseia-se em instrumentos de corda, como o violão, percussão e acordeão. A dança, que sofreu grande influência africana, tem movimentos ritmados dos quadris e da pélvis
5. Conga
Depois de ter nascido como um ritmo para brincar na rua, como no nosso carnaval, a conga ficou conhecida nos Estados Unidos como dança de salão, com a ajuda do músico e ator cubano Desi Arnaz, marido da comediante Lucille Ball e co-astro da série de TV I Love Lucy. Após conhecer seu auge na década de 30, o estilo amargou um certo esquecimento. Como tantos outros ritmos latinos, seu molho principal vem de instrumentos de percussão, enquanto os passos consistem, basicamente, em chutes para os lados e pequenos saltos para a frente e para trás
6. Rumba
Criada a partir da influência de ritmos espanhóis e africanos durante a colonização do país, a rumba foi um dos primeiros estilos musicais latinos a romper fronteiras e se popularizar nos Estados Unidos, uma trajetória que começou no início do século XX. Um dos instrumentos mais importantes para marcar o compasso é a clave, formada por duas peças cilíndricas de percussão batidas uma na outra. Para dançar rumba é preciso ter boa cintura, pois sua marca registrada é o movimento acelerado e sacolejante dos quadris
7. Chá-chá-chá
Depois de criado em 1948 pelo violinista cubano Enrique Jorrín, o estilo foi popularizado na Europa e nos Estados Unidos por um professor de dança inglês chamado Pierre Margolie. Em uma visita a Cuba, Margolie teve contato com o ritmo e adotou alguns passos extras do mambo para criar um novo tipo de coreografia, mais lenta e mais fácil de dançar que o próprio mambo - o que ajudou a torná-la sucesso entre branquelas de cintura dura
8. Mambo
Descendente direto da rumba, o mambo começou sua expansão internacional ao ser apresentado aos americanos pelo músico cubano Pérez Prado na década de 40. Nos anos 50, o ritmo conquistou Nova York e era tocado por band leaders como Tito Puente, Machito e Tito Rodrigues nos clubes mais sofisticados da cidade. O mambo pode ser dançado separadamente ou por casais - em dupla, porém, é preciso manter uma ligeira distância para que os quadris possam acompanhar o ritmo das maracas, um tipo de chocalho.
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-surgiram-os-diferentes-ritmos-latinos

terça-feira, 5 de maio de 2015

Conheça o remédio para ressaca mais antigo da história

papiro
A velha e conhecida ressaca é assunto desde muito tempo atrás – mais exatamente: desde os anos 100 d.C. Foi por essa época que os egípcios documentaram soluções para fugir da característica dor de cabeça e ânsia de vômito. As tais receitas estavam entre os mais de 500 mil papiros encontrados em escavações feitas em Oxyrhynchus, no Egito, no fim do século 19.
Pesquisadores traduziram e publicaram recentemente os documentos. Para “dor de cabeça embriagada”, a sugestão é amarrar folhas e arbustos de uma planta bem verde, conhecida comoDane racemosa (ou ruscus italiano ou laurel Alexandrino), e usar no pescoço como um colar. Há ainda outros 21 textos médicos com segredos para tratar doenças – mas são bem menos interessantes que pensar em novas soluções para ressaca.
Ninguém ainda sabe dizer se as tais receitas funcionam. “Os remédios parecem cruzar o que chamamos de barreira entre a magia e a medicina”, diz David Leith, da Universidade de Exeter. Bem, se você tiver uma dessas folhas aí sobrando, não custa nada ver até onde vai a magia.
http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/conheca-o-remedio-para-ressaca-mais-antigo-da-historia/