Objetivo da decisão era facilitar um contra-ataque caso a União Soviética decidisse agredir o país ou algum de seus aliados
(Fonte da imagem: Reprodução/TodayIFoundOut) |
Para entender como isso pôde ser
possível, é preciso voltar a 1962, ano no qual o então presidente John K.
Kennedy criou um documento destinado a assegurar que todas as instalações
armamentistas do país tivessem uma tecnologia conhecida como “Permissive Action
Link” (PAL) instalada. Basicamente, esse dispositivo tinha o objetivo de
garantir que somente a autoridade certa, munida do código correto, conseguisse
iniciar um ataque.
Apesar de extremamente seguro, o
sistema demorou a ser adotado por todas as instalações militares sob o controle
dos Estados Unidos. Em 1972, por exemplo, metade dos mísseis instalados na
Europa não contava com a proteção, e a maioria dos locais que possuía a
tecnologia instalada só foram ativá-la em 1977.
Dentro do território norte-americano,
coube ao secretário de defesa do governo Kennedy, Robert McNamara, se
certificar de que o PAL estava instalado e funcionando. Porém, graças a uma
richa entre ele e o Comando Aéreo Estratégico do país, todos os códigos de
lançamento das 50 instalações locais foram configurados para 00000000 assim que
McNamara deixou seu cargo.
Facilitando um
contra-ataque
Para tornar tudo mais estranho, caso
uma pessoa se esquecesse da sequência de números, era possível consultá-la em
uma lista entregue a cada um dos soldados. Essa atitude, que pode parecer pouco
segura, tinha como objetivo garantir a sobrevivência do país e a capacidade de
contra-ataque em caso de uma ofensiva inimiga.
Os códigos de lançamento estavam
prontamente disponíveis porque, no caso de um ataque nuclear, esperar pela
confirmação presidencial de que isso realmente aconteceu poderia desperdiçar o
tempo necessário para bombardear a Rússia. Além disso, como centros de
comunicação poderiam ter sido destruídos, isso poderia resultar em diversos
mísseis nucleares inutilizáveis simplesmente porque ninguém teria seus códigos
de lançamento.
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